Kintsugi

Acrílica sobre tela (toda feita com pincel)
Dimensões: 100x100cm (chassi com 2,5cm de espessura).

Neste retrato, a modelo exibe uma expressão serena, mas é um detalhe em seu colo que atrai a atenção do espectador. Ali, um fragmento aparentemente rachado, mas habilmente reconstruído, se destaca. Esse pequeno pedaço do quebra-cabeça é uma alusão sutil à técnica ancestral japonesa de kintsugi, conhecida por sua arte de reparar objetos quebrados com pó de ouro, prata ou platina.

O conceito por trás do kintsugi se entrelaça com a alma da pessoa retratada. Assim como a cerâmica quebrada é tratada como uma oportunidade para ressurgir ainda mais bela e valiosa, nós também carregamos nossas cicatrizes emocionais como marcas preciosas de nossa jornada de vida. Essas imperfeições são testemunhas silenciosas das experiências que nos moldam, tornando-nos únicos e excepcionais em nossa própria essência.

O artista, ao incorporar a técnica de kintsugi no retrato, transmite uma mensagem poderosa: nossas feridas devem ser celebradas como parte do que somos. Essas marcas simbolizam a resiliência, a superação e a capacidade de transformar adversidades em força interior.

A presença dos respingos e splashs feitos com tinta dourada também alude à fluidez da vida e às impermanências que todos enfrentamos. Assim como a tinta que dança na tela, nossa jornada emocional é dinâmica, repleta de altos e baixos. É como se o dourado, associado à riqueza e preciosidade, estivesse envolvendo nossas experiências e abraçando-as com compaixão.

Em suma, esta obra transcende a mera representação física da modelo e mergulha profundamente na complexidade da existência humana. Ela nos lembra que somos todos obras em constante desenvolvimento e evolução, e que cada rachadura em nosso ser é uma oportunidade para brilhar com mais intensidade, assim como os fragmentos dourados de uma cerâmica reparada pelo kintsugi.

Esta pintura foi feita inteiramente com pincel.

Obra original e cópias (impressões giclée em papel especial) disponíveis para compra.
Para mais informações entre em contato aqui

Tags:

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *